09:00 – 12:00 (Tempo previsto: 3 horas)
Racionalidade: Uma sociedade inclusive promove a filosofia de que cada indivíduo, com os seus direitos e responsabilidades, pertence à vida comunitária, tem um papel ativo a desempenhar, e sente-se valorizado, seguro, conectado e cuidado (Schffner & Buswell, 1996; Nações Unidas, 1996). Uma sociedade inclusiva promove uma “participação significativa das pessoas com deficiência em toda a sua diversidade, a promoção e normalização dos seus direitos no trabalho da Organização, o desenvolvimento de programas específicos para a deficiência e a consideração das perspetivas relacionadas com a deficiência, em conformidade com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” (Nações Unidas, 2020, p. 10).
De acordo com as Nações Unidas (2020):
A inclusão é uma condição essencial para favorecer os direitos humanos, o desenvolvimento sustentável, e a paz e a segurança. É também central para que se realize a promessa, da Agenda para um Desenvolvimento Sustentável, de não deixar ficar ninguém para trás. O compromisso com a efetivação dos direitos das pessoas com deficiência não é apenas uma questão de justiça; é um investimento num futuro comum. No entanto, as pessoas com deficiência continuam a estar entre aquelas que mais são excluídas, incluindo no acesso à educação, aos serviços de saúde e ao emprego e na participação nos processos de tomada de decisão política. Elas representam um grupo diverso de pessoas que têm diversas necessidades de apoio e que enfrentam barreiras grandes no exercício dos seus direitos ao longo do seu ciclo de vida. Alguns grupos enfrentam uma ainda maior marginalização, por exemplo as mulheres, as crianças e as pessoas idosas com deficiência, as pessoas com pessoas com surdo-cegueira, e as pessoas com dificuldades intelectuais e psicossociais, e têm mais probabilidades de ser excluídas de serviços, de ser institucionalizadas, e de sofrer níveis mais elevados de violência, negligência e abuso, incluindo violência sexual e baseada no género (p. 7).
Neste contexto, este primeiro modelo tem como objetivo desenvolver e alargar as competências de compreensão da racionalidade de uma sociedade inclusiva, e a sua relevância para o sucesso e bem-estar das pessoas com Perturbação do Espetro do Autismo.